sexta-feira, 8 de março de 2013

Pacto por respostas



A pergunta é sempre muito simples: por quê?
Qualquer pessoa ao tomar conhecimento de um caso de violência contra mulheres, seja agressão verbal, estupro ou morte, passa a imaginar o que leva um homem a uma atitude dessas. Existem ótimos estudos, várias pesquisas, muitas opiniões, pitacos e ditados populares. Vamos do, desde que o mundo é mundo ao, na maioria das vezes é consensual (?).
De maneira geral o assunto ganha força nas efemérides, em casos mais escandalosos explorados pelos telejornais – só a televisão tem o poder de globalizar –, mas nunca pelo tempo necessário, aquele que fortalece discussões e acaba por sedimentar comportamento. Quando muito gera pautas, aqui e ali, sem o “glamour” de primeira página, capa, ou manchete vendedora.
Mas por quê?
Por que homens sentem-se donos de suas mulheres? Todos nascemos de mulheres, a quem pertencemos e de quem dependemos por muitos e muitos anos. Claro que nem todas são amorosas, protetoras, provedoras, afetuosas. Porém, muitos homens com estrutura familiar sólida, criados com carinho e amor, tornam-se misóginos.
Por que estupram? A sexualidade há muito não é mais reprimida. Revistas, filmes, livros, novelas falam abertamente, mostram e, claro, estimulam. As mulheres se libertaram há décadas, a virgindade não é mais imposição nem de setores da igreja, ou seja, podem se dar, podem trocar.
Por que agridem, matam? Homens e mulheres são criados com essa perspectiva, menino tem que ser durão, meninas frágeis. Mas há quanto tempo mulheres ocupam postos de trabalho, onde força e coragem são requisitos?
Por vezes não é fácil entender, como a “minha mãe” pode continuar a amar aquele homem, contra tudo, contra todos, contra ela mesma?
Como essa brilhante profissional aceita a humilhação? Como pode dizer que aquilo foi um acidente, bateu com a boca na parede? Como aceitar quando ela diz: ele faz isso porque me ama.
Como?
São muitas as perguntas cheias de respostas estudadas, pesquisadas, refletidas. Acima de tudo é preciso não esperar coerência. Mas sim exigir uma resposta à pergunta definitiva: Como erradicar esse mal?
R. Educação. Informação. Exemplo. 

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