sábado, 30 de setembro de 2006

Um Brasil musical radical

















E dá-lhe festival de cinema: A festa é da telona e do cinema "national". Não sei se os programadores pensaram, fizeram de propósito ou se foi uma feliz coincidência. Sei que conseguiram mostrar, no mesmo dia, o Brasil mais genial, anárquico, criativo e popular. Os dois filmes - Noel – o poeta da Vila, de Ricardo Van Steen e Fabricando Tom Zé, de Décio Mattos Jr.- conseguiram essa porrada. Um verdadeiro encontro, com quase um século de diferença, de dois gênios musicais, radicais. Noel um revelador da alma mais popular, cantando as paixões que nos movem que nos levam a todas às mortes que vivemos pela vida afora. A mulher, a cidade, o bairro, a vida. Tudo cantado até as últimas conseqüências. Tom Zé tirando música do absurdo, transformando em melodia o mais improvável ruído, radicalizando nas formas e nas intenções. Sem concessão a nada, nem a ninguém. Os dois juntos mostrando o quanto podemos ir além, o quanto somos universais, naïf, eruditos, quebrando regras, convenções e mostrando a cara de quem sabe fazer e faz. Isso servindo para os dois caras e para os filmes. Êta legal!!!

-------------------------------------------------------------------

Depois do festival vou voltar aos textos. Tem muita coisa acontecendo e não dá pra perder a nave. Fora isso, os eventos continuam pela cidade, vou atualizar tudo semana que vem. E vem aí ESFINGE – aguardem!!!!

Inté...

Nenhum comentário: