De volta depois de uma longa data. Trabalho e muita, muita correria. O livro continua sua, vamos dizer, sua vida independente, vendendo um pouquinho aqui, um outro ali e esperando o lançamento em BH e SP.
Outro dia recebi uma resenha, a primeira, que saiu no Diário de Cuiabá. Vejam como o "garoto" foi parar longe. Hoje vou postar a resenha e depois alguns comentários de leitores que se manifestaram.
Ai vai...
Livro com dosagem de ação cinematográfica
Uma obra que é entretenimento direto na veia. Seja lendo no banheiro, enquanto se espera o dentista, dentro do ônibus ou em qualquer lugar
Lorenzo Falcão
Da Editoria
Pulp fiction. É a expressão que me vem à mente para melhor associar o tipo de literatura contido em “Bárbara não quer perdão”, de Antonio Más, editora Bagatela, lançado recentemente. Um romance policial escrito em linguagem tão simples e direta, que fica a impressão de que a gente está assistindo um filme de ação ou, numa hipótese mais ‘aparentada’, lendo uma história em quadrinhos. Graças a carga imagética imposta ao texto.
Aos amantes de estilos literários mais rebuscados, mais eruditos mesmo, deverá soar estranho pacas esta obra. Mas, pra aqueles que não estão nem aí pra essa rotulação e uma classificação, digamos, mais científica de literatura, “Bárbara...” é entretenimento que pega direto na veia. Seja lendo no banheiro, enquanto se espera o dentista, dentro do ônibus, ou mesmo na rede ou poltrona na hora do lazer doméstico.
O livro lembra também aqueles bolso livros muito comuns nos anos 70. Aqueles que comprávamos em bancas de jornais ou em quaisquer livrarias a preços módicos, impressos em papel barato onde o autor começava uma descrição mais ou menos assim: “Ela não era bela, tinha olhos verdes, pele morena e cabelos muito negros que combinavam com seu rosto ovalado e seu corpo de formas acentuadas”.
Antonio Más, que é formado em publicidade e sempre teve sua vida ligada ao cinema explora os clichês e jargões do mundocanismo para compor um livro como que inspirado no cinema de ação americano, onde a movimentação é tão vertiginosa, que às vezes nem dá tempo pra gente respirar. Só que essa narrativa se desenvolve como que adaptada para a realidade brasileira onde são diferentes a ambiência e os próprios personagens.
Questões éticas e existenciais são inseridas no contexto de “Bárbara...” de forma muito superficial – e melhor assim – já que na vertiginosa ação não sobra tempo para o delegado Vargas e a enigmática Bárbara, personagens centrais, se preocuparem com essas questões humanas, demasiado humanas. O local mais próximo de uma suposta erudição em todo livro, de quase 200 páginas, fica por conta de um trecho onde o delegado pede ao desenhista que faça um retrato falado com base num rosto que seria uma espécie de mistura entre Boticceli e Frida Khalo.
Frase a frase, parágrafo a parágrafo, o leitor mergulha num rico universo imaginário que é provocado pela trama cheia de reviravoltas e surpresas, algumas bastante previsíveis, outras surpreendentes. O jeito de escrever do autor, acho que propositalmente, passa ao largo das nuances e dos detalhes com os quais a literatura engendra-se como provocadora do imaginário. Há uma proposta explicitamente audiovisual e quem lê nem precisa espicaçar sua capacidade de imaginar para ‘ver este filme’.
Antonio Más parece que escreveu seu livro imbuído por uma ânsia centrada na necessidade de que a obra se torne logo matéria prima para um filme ou uma HQ, suportes midiáticos que parecem mais compatíveis com sua narrativa.
Procure o romance policial pelas livrarias ou assegure o seu comprando virtualmente, através do endereço http://www.livrariadocrime.com.br .
Isso é tudo pessoal...
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