Ontem fui ver Guerra ao Terror, o filme que ganhou os Oscars principais.
Já disse aqui muitas vezes que não gosto de criticar nada, só de elogiar quando curto muito. Mas não posso deixar de falar do tal filme.
Não entendi. O filme sim, muito claramente, não entendi como ninguém falou da “mensagem” belicosa, da apologia que a Bigelow faz em seu filminho.
A estória divide os personagens em dois times: aqueles que sofrem com a guerra, que a temem, se mostram covardes aos olhos dos superiores, e aqueles que amam tudo aquilo, como a um sanduíche do Mac, que não conseguem viver, nem conviver sem a “adrenalina” do confronto, do perigo.
Nessa levada, justifica a guerra. É preciso manter as mentes desequilibradas ocupadas com a ação, pois essas cabeças não conseguem, não querem viver em paz. É um tormento a rotina do lar, fazer compras em supermercados, cozinhar, brincar com o filho, meu Deus, que coisas prosaicas e desagradáveis.
O homem, ou melhor, o soldado treinado para combater, que teve sua formação custeada pelo estado, não pode ficar sem ir ao trabalho. Precisa valer a pena.
E o inimigo? Esse não tem identidade. É uma máquina de explodir e atirar contra americanos, sem rosto, sem alma. Apenas um garoto parece merecer a compaixão do soldado, até seu corpo ser confundido, afinal são todos iguais...
Coincidentemente revi Avatar um dia antes, em 3D, não é possível comparar absolutamente nada.
Enquanto o primeiro faz concessão às armas e a matança, sem ao menos questionar tudo aquilo, ou dar voz ao “ameaçador inimigo”, o segundo, Avatar, apesar de todos os chavões maniqueístas, dá o toquezinho ecológico. No mínimo põe a gente pra pensar como seria bom viver em um lugar como aquele, sem aqueles mantras, por favor.
Fico por aqui.
Isso é tudo pessoal...
2 comentários:
Eu adorei Avatar e nao entendi bem tb o Guerra ao Terror. Se tem um coisa que eles não fazem é guerra ao Terror.
bjs Cacilda/Leo
Se tem uma coisa que este filme não faz em guerra ao Terro. Enquanto Avatar é lindo, doce .
Enfim fazer o que?
Bjs Cacilda e LEo
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