Durante uma conversa com alunos de cinema de uma Faculdade carioca, me perguntaram por que me recusava a fazer críticas a filmes, livros e peças de teatro.
Primeiro porque não sou crítico na acepção profissional da palavra.
Mas principalmente por saber a dificuldade que é fazer qualquer uma destas coisas. Realizei sete filmes de curta metragem e vai sair agora meu segundo livro. Então posso dizer, sem nenhum achismo, como foi complicado o processo. Criar a estória, escrever o roteiro ou o texto é um prazer, uma realização. Mas na hora de FAZER o filme e PUBLICAR o livro é o calvário.
Sobre teatro nada sei, mas tenho amigos atores e diretores que sempre dizem o mesmo.
Um filme, que custa milhares de reais, envolve mais de cinqüenta pessoas e depende de um monte de burocratas pra chegar ao público, faz de seu realizador um herói, quando chega lá.
Um livro não fica muito atrás. Precisa de muito menos dinheiro, mas o percurso do original pronto é tão complicado como lançar um filme.
Por isso, o simples fato de o filme, o livro ou a peça existirem, já é admirável. E ainda tem mais: pode ser ruim pra mim, mas alguém vai gostar. E se conseguiu mobilizar uma cabeça que seja já valeu a pena.
A crítica é importante, norteia o autor e o leitor ou o espectador, mas deixemos com os profissionais.
Isso é tudo pessoal...
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