Há anos participei de uma espécie de mesa redonda em Belo Horizonte, com a participação do Roberto Drummond, um dos escritores que libertou a literatura. Falávamos sobre cultura, arte, cinema e literatura. Uma questão foi colocada: “Como formar novos leitores?”. Puxei o fio da leitura obrigatória, essa coisa de colégios e vestibulares, obrigar a garotada a ler os “clássicos”. Comparei logo com os casamentos arranjados de antigamente. Um péssimo começo e um provável fracasso.
Não tem como negar a importância de um Machado de Assis, de um Guimarães Rosa, mas é preciso deixar o cara namorar, experimentar e descobrir as sensações e aí sim, por conta própria, querer mais, ir além.
A revolução tecnológica dos últimos anos, a internet, principalmente, mudou a nossa relação com o mundo, com a vida. E a educação formal, perdeu o bonde, corre atrás, mas continua atrasada. É preciso uma reflexão profunda e ao mesmo tempo adequada, “antenada”. Por que não se ouve a garotada? Por que sempre que vai se discutir o assunto aparece gente com ideias ainda formadas em meados do século passado?
Precisamos urgentemente rever esses conceitos e passar a dar voz a quem interessa.
Abaixo a Ditadura dos Clássicos !
Isso é tudo pessoal...
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