Na busca de dados que trouxessem
um pouco mais de entendimento sobre o assunto “VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER”, cheguei
às inevitáveis pesquisas.
A primeira pergunta que me fiz,
após tomar conhecimento de alguns casos, foi exatamente qual a razão, ou quais
as razões levam uma mulher a continuar a relação com o agressor?
A pesquisa que encontrei, é mais
antiga, apesar de ter sido feita há apenas dois anos, traz este item
específico.
A pergunta foi:
Na sua opinião, o que mais leva uma mulher a continuar numa relação
na qual é constantemente agredida fisicamente e/ ou verbalmente pelo
companheiro? (uma opção)
Falta de condições econômicas
para viver sem o companheiro 24%
Preocupação com a criação dos
filhos 23%
Medo de
ser morta caso rompa a relação 17%
Falta de autoestima 12%
Vergonha de admitir que é
agredida/apanha 8%
Vergonha de se separar 6%
Dependência afetiva 4%
Acha que tem a obrigação de
manter o casamento 4%
O medo da morte foi citado em maior porcentagem pelos
segmentos de menor poder aquisitivo e menos escolaridade
e pelos entrevistados mais jovens.
(Fonte: Ibope / Instituto Avon, 2009.)
Não sei se narrar casos,
divulgar alguns depoimentos, pode incitar mentes doentias. Acho que são tão
contundentes que podem nos levar a refletir e tomar decisões importantes que
podem salvar vidas.
Vou transcrever, a partir
da próxima postagem, alguns depoimentos quase inacreditáveis, diante dos quais
só podemos nos perguntar, até quando vamos aturar está barbárie fingindo que
não devemos meter a colher?!E logo também contarei aqui a história incrível de Aniella Shimura, alguém que conheceu o inferno por dentro, mas achou o caminho de volta.
2 comentários:
Concordo com suas colocações. Só acrescento que a análise também deve passar por uma questão social, global, e não apenas de um ou mais casais. Quando a pesquisa aponta que o maior problema é a dependência financeira, estamos diante de um reflexo de uma política social equivocada, demonstrando às claras que o Brasil ainda é um país segregado, onde as mulheres nem de longe têm as mesmas condições de emprego/salário do homem. Apesar de termos uma "presidenta", ainda teremos que caminhar muito para alcançar a igualdade, e, apenas após isso, focarmos a análise em situações individuais para tentar solucionar o problema. Enquanto isso, acredito que a mulher é mais uma vítima da política social do que da dependência do marido.
Bem, é apenas uma opinião, e parabéns pela iniciativa de levantar a voz contra a situação. Abraço, Glaucus.
Muito bom seu comentário, bom e lúcido.
Obrigado e abraço.
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