Leiam, vale a pena:
Como a internet pode complementar as obras impressas?
23.01.2012
A internet mudou a forma como as pessoas realizam suas compras. O antigo boca a boca dos amigos foi parar nas redes sociais, e os consumidores procuram informações e avaliações sobre os produtos na rede antes de adquiri-los. E no mercado editorial não é diferente. De olho nessa tendência, as editoras e autores frequentemente lançam hotsites sobre os livros, que trazem informações extras sobre as obras, vídeos, jogos, trechos do título, entre outros recursos.
“Penso que a maneira de ler e a própria relação com a literatura passam por uma transformação ainda em processo de descoberta, de tentativas e experimentações. O leitor já não é mais passivo, anseia por ver mais, interagir e, de alguma forma, participar da história”, afirma Marco Simas, autor do livro “Último Trem”, cujo hotsite traz vídeos com o autor, trecho da obra e referências cinematográficas.
Como fazer um bom hotsite de livro?
De acordo com Bruno Mello, diretor de marketing do Grupo Editorial Record, houve uma época em que os hotsites eram mais complexos, usando muito flash, com movimento e bastantes informações. Porém, isso mudou. “Com o tempo, descobrimos que o leitor quer chegar rápido à informação que procura e não tem paciência para sites que demoram a abrir. Então um hotsite de livro deve ser objetivo, ter uma boa informação sobre a obra em questão e o autor, sem textos muito longos, PDF ou texto em streaming com um ou dois trechos do livro. Materiais complementares como vídeos ou booktrailers também ajudam bastante. É importante também que, ao digitar o nome do livro, ele seja facilmente encontrado no Google”, ressalta.

Para Simas, o hotsite deve ser um complemento aos livros e oferecer informações para quem já leu a obra também. “Eles devem acrescentar informações sobre os personagens, locais descritos; trazer todo o tipo de inserção possível ao leitor. Além, claro, de dados sobre o autor e seu processo de pesquisa, numa analogia aos making ofs dos filmes”, descreve.
Na opinião de Roberto Pellanda, autor da série de livros “O Além-Mar” (Tarja Editorial), um dos passos mais importantes para a construção de um hotsite é o seu planejamento. “É preciso ter em mente que o visitante provavelmente fará um primeiro acesso de forma rápida e em condições de atenção muito fugazes. Por esse motivo, estratégias têm que ser delineadas para que o interesse possa ser despertado de forma quase imediata. A ideia é que o leitor, em poucos segundos, conheça o argumento central do livro”, propõe.
O diretor de marketing do grupo Record destaca ainda que é importante também pensar em formas de atrair as pessoas para o hotsite. “Tão importante quanto ter um hotsite ou uma fan page do livro é dispor de verba para gerar tráfego até eles. De nada adianta ter um site lindo, se ele não é acessado. É como ter uma loja de luxo no meio do deserto”, alerta.
Fazer ou não fazer um hotsite?
A decisão de fazer ou não um hotsite pode vir antes ou depois da publicação do livro. Mello conta, por exemplo, o caso da obra “A Batalha do Apocalipse” (selo Verus), de Eduardo Spohr. “A decisão de fazer um hotsite é tomada antes do livro, e o investimento depende, geralmente, da tiragem. O caso de ‘A Batalha do Apocalipse’ foi diferente. O Eduardo Spohr, antes de ser publicado pela Verus, já tinha o seu próprio site e também já usava várias ferramentas de mídias sociais para alavancar seguidores e fãs. Ele construiu uma audiência em cima do seu próprio site e das suas colaborações ao site Jovem Nerd. Hoje, o Eduardo usa muito o Facebook e o Twitter para falar com o seu público. As mídias sociais são ótimas para a divulgação de novos livros por seus autores.”
Na opinião de Roberto Pellanda, autor da série de livros “O Além-Mar” (Tarja Editorial), um dos passos mais importantes para a construção de um hotsite é o seu planejamento. “É preciso ter em mente que o visitante provavelmente fará um primeiro acesso de forma rápida e em condições de atenção muito fugazes. Por esse motivo, estratégias têm que ser delineadas para que o interesse possa ser despertado de forma quase imediata. A ideia é que o leitor, em poucos segundos, conheça o argumento central do livro”, propõe.
O diretor de marketing do grupo Record destaca ainda que é importante também pensar em formas de atrair as pessoas para o hotsite. “Tão importante quanto ter um hotsite ou uma fan page do livro é dispor de verba para gerar tráfego até eles. De nada adianta ter um site lindo, se ele não é acessado. É como ter uma loja de luxo no meio do deserto”, alerta.
Fazer ou não fazer um hotsite?
A decisão de fazer ou não um hotsite pode vir antes ou depois da publicação do livro. Mello conta, por exemplo, o caso da obra “A Batalha do Apocalipse” (selo Verus), de Eduardo Spohr. “A decisão de fazer um hotsite é tomada antes do livro, e o investimento depende, geralmente, da tiragem. O caso de ‘A Batalha do Apocalipse’ foi diferente. O Eduardo Spohr, antes de ser publicado pela Verus, já tinha o seu próprio site e também já usava várias ferramentas de mídias sociais para alavancar seguidores e fãs. Ele construiu uma audiência em cima do seu próprio site e das suas colaborações ao site Jovem Nerd. Hoje, o Eduardo usa muito o Facebook e o Twitter para falar com o seu público. As mídias sociais são ótimas para a divulgação de novos livros por seus autores.”

Pellanda acredita que toda obra pode se beneficiar de um hotsite, desde que seja bem feita. Com relação ao momento de lançamento, ele argumenta que isso depende da estratégia de cada um. No caso do seu título “Noite sem Fim”, o hotsite foi ao ar depois da publicação do livro.
Simas, por sua vez, conta sobre a sua experiência com a obra “Último Trem”. Como o livro trazia vários filmes cujas cenas podiam ser vistas no Youtube, o autor pensou em disponibilizá-las para os leitores. Foi então que a editora sugeriu o hotsite. Dessa forma, os leitores poderiam ver a cena ao mesmo tempo em que liam a obra.
“Acho que já não é ‘negócio’ para as editoras lançar livro, quaisquer que sejam o assunto ou o gênero, sem suportes disponíveis, a baixo custo, que destaquem livro e autor e que ofereçam o que os cada vez mais exigentes e hiperativos leitores procuram”, conclui.
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