Aniella se lembrou do encontro com um rapaz, considerado
como diferente dos demais. Para rememorarmos suas últimas palavras:
“Subimos ao segundo andar pelas escadas e entramos
em um apartamento simples. Como ele não disse nada em momento algum, perguntei
se era mudo. Ele riu e disse não. Desculpou-se com um gesto e apontou o
banheiro.
Assim que entrei e fechei a porta, fui tomada por uma onda de entusiasmo. No mínimo era um cara diferente. Então me segurei e disse a mim mesma: Cuidado Ane, não se iluda, a felicidade é pra poucos...”
Assim que entrei e fechei a porta, fui tomada por uma onda de entusiasmo. No mínimo era um cara diferente. Então me segurei e disse a mim mesma: Cuidado Ane, não se iluda, a felicidade é pra poucos...”
- Como assim diferente? – Perguntei.
“Normalmente os homens fazem mil perguntas,
desconfiam, se mostram exigentes e superiores. No final acreditam, ou querem
acreditar, em tudo o que a gente diz. Aquele rapaz, não. Seu jeito era tímido,
fechado. Dava a impressão de estar agradecido por eu ir com ele. Tinha lá suas
manias, mas quem não tem?”
- E a relação, na cama, alguma diferença?
“No início não. Apressado como a maioria e
preocupado apenas com ele. Sabe, né? Mas isso pra gente é bom. Quanto mais
rápido melhor, mais clientes por noite, mais faturamento”.
- Então o que fez a diferença?
“Não foi na primeira vez, não. Quer dizer, naquela
noite alguma coisa explodiu lá dentro. Não foi exatamente um orgasmo. Por
incrível que pareça, foi melhor. Me senti segura, embora ele continuasse sem
dizer nada. Me assustei quanto ele saiu de cima de mim, virou de lado e pegou
uma arma, e ficou lá lustrando o ferro que já brilhava. Não sei, mas ao invés de
medo, logo entendi que aquele rapaz, magro, alto e bonito, fazia parte do meu
mundo”.
Continua...
Imagem da internet, sem crédito.
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